terça-feira, 21 de agosto de 2007




Reino Fungi




Os fungos são organismos eucariontes, heterótrofos e, em sua maioria, multicelulares. Suas células apresentam reforço celulósico externo, como nas algas e vegetais, porém é comum a presença de depósitos de quitina, substância característica dos animais. Os fungos são seres aclorofilados e possuem o glicogênio, típico dos animais, como substância reserva.
A maioria dos fungos é fixa ao substrato, porém, os mais primitivos apresentam mobilidade em uma fase da vida, locomovendo-se pela emissão de pseudópodes, como as amebas. Os fungos executam nutrição externa, ou seja, vertem enzimas sobre o alimento (substrato) e absorvem as partículas previamente digeridas. As substâncias são distribuídas através de uma corrente citoplasmática que percorre todas as células.
A respiração pode ser aeróbia ou anaeróbia facultativa, como nas leveduras. Muitos promovem a fermentação alcoólica como em Saccharomyces cerevisae utilizado para a produção de vinhos e cervejas. A excreção é feita por difusão direta pelas células. Apresentam reprodução gâmica ou agâmica com a produção de esporos semelhantes aos vegetais. Estrutura As células dos fungos estão intimamente ligadas uma às outras, formando uma massa de longos filamentos multinucleados chamados hifas. Elas correspondem a tubos microscópicos que podem ou não apresentar septos transversais, delimitando as células. A reunião das hifas ramificadas e entrelaçadas constitui o micélio. Muitos fungos podem formar os corpos de frutificação de tamanho, forma e cores variadas, como os cogumelos, champignon e orelhas-de-pau.
Os corpos de frutificação somente surgem em períodos de reprodução sexuada. Quando dois micélios pertencentes a sexos diferentes se encontram, as suas hifas se organizam para a formação do corpo de frutificação ou basidiocarpo (cogumelo). Reprodução A reprodução assexuada pode ocorrer por brotamento, como nos fungos unicelulares. Também pode ocorrer a fragmentação do micélio, originando vários indivíduos. Observa-se também a formação dos esporos que, por mitoses sucessivas, constituirá indivíduos adultos sem a necessidade de fundir-se a outra célula. Um fungo de aspecto filamentoso, por exemplo, origina-se a partir de um esporo que germina e se alonga, enquanto o núcleo sofre cariocinese. Deste modo, surge uma primeira hifa que cresce e se ramifica constituindo o micélio. Os esporos podem ser móveis e flagelados (zoósporos) ou imóveis (aplanósporos). os esporos são produzidos em estruturas especiais denominadas esporangióforos que geralmente se localizam acima do micélio, o que facilita a sua dispersão pelo vento.
A reprodução sexuada ocorre me geral pela união de duas hifas especializadas que podem ou não apresentar linhagem sexual distinta. Inicialmente, as hifas promovem a plasmogamia (mistura de citoplasmas). Posteriormente ocorre a cariogamia, formando o zigoto que sofre meiose, originando esporos haplóides que germinam, dando origem a novas hifas.
Classificação A classificação dos fungos é controversa, no entanto, distinguiremos dois grandes grupos no Reino Fungi: Eumycota (fungos verdadeiros), com aproximadamente 100 mil espécies distribuídas em cinco classes (oomicetos, ficomicetos, ascomicetos e deuteromicetos), e Mixomycota (fungos gelatinosos).
Em certas etapas do seu ciclo vital, os mixomicetos lembram protozoários sarcodíenos, como as amebas, reproduzindo-se apenas de modo assexuado por bipartção; em outras, desenvolvem estruturas sexuais reprodutivas, características dos fungos verdadeiros. Por isso, a sua classificação como fungo ainda é bastante controversa e muitos cientistas já os consideram como seres pertencentes ao Reino Protista.




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